quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um SPAM não intencional

Rosa a vermelha - Toulouse Lautrec
Notei que alguns comentários ao blogue estavam a  ser enviados pela minha caixa de correio electrónico directamente para a pasta de SPAM. Só consegui recuperar um deles. Peço desculpa por esta falha, estarei atento a partir de agora.
Não deixa de ser curioso esta situação porque até já abordei aqui a origem do termo SPAM.
 Aqui fica o link para esse texto já com alguns meses sobre o SPAM:  SPAM, quem o inventou?

Esta questão em volta do SPAM faz-me reflectir sobre a sociedade contemporânea. Quantos de nós, à semelhança da minha caixa de correio, temos este tipo de comportamento automatizado quando lidamos com pessoas. Quantas delas enviamos directamente para a nossa "pasta de SPAM relacional" sem lhes darmos a hipótese de comprovarem que a nossa avaliação superficial, e algumas vezes com base no preconceito, estava errada?

Bem, há que fazer uma ressalva, nem tudo  no que toca ao recurso aos preconceitos é negativo. Um preconceito pode ser uma forma de transmissão de saber, um mecanismo de defesa, que pode prevenir muitos dissabores e más experiências. Mas enquanto seres sapientes, ou pelo menos com capacidade para tal, devemos sempre saber avaliar esses saberes pré-feitos.

2 comentários:

  1. O preconceito é uma forma rápida de processar a informação, baseando-se num atributo (que consideramos representativo) da situação ou da pessoa em causa para tomar uma decisão/emitir um juízo.
    È um processo adaptativo, mas que muitas vezes leva a enviesamentos.
    Gostava que explicasses porque é que o preconceito é uma forma de “transmissão de saber” e o que entendes por preconceito-“mecanismo de defesa”.

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  2. Vou então dar um exemplo de um tipo de preconceito que considero ser uma transmissão de saber e um mecanismo de defesa da Humanidade enquanto espécie: Se nos for transmitido, ou considerarmos pelo impacto visual que nos causa, que todos os animais de grandes dimensões são todos perigosos estamos a socorrer-nos de um preconceito, pois apesar de alguns animais de grande porte serem efectivamente perigosos, na verdade, é que existem alguns que não o são. Este preconceito pode ser bem útil e evitar que nos coloquemos em situações de perigo para a nossa integridade física, apesar de por vezes poder resultar num receio infundado.
    Preconceitos como este podem ser uma forma pragmática de transmissão de informação, que apesar de poder ser falsa, traz vantagens a quem num mundo competitivo e perigoso. Do ponto de vista evolutivo, penso que pode ser considerado uma valiosa ferramenta, pois de um modo quase imediato o ser Humano pode fazer assumpções, que apesar de poderem se falsas, lhe podem valer a sobrevivência. Isto é um mero exemplo, outros haverá em sentido contrário certamente. O meu principal objectivo era que se pudesse olhar para o “preconceito” não apenas como algo profundamente negativo.

    Contudo, será sempre preferível formular juízos mais profundos e informados quando tomamos uma decisão, ou seja, a busca por mais sabedoria sobre o estudo do caso em questão. Algo que tendo sempre a defender, ou não se chamasse este blogue " A Busca pela sabedoria".

    Mas os preconceitos tiveram e terão sempre o seu papel, pois estar constantemente a analisar tudo o que nos envolve seria inviável...

    ResponderEliminar

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A Busca pela sabedoria - criado em Agosto de 2009 por Micael Sousa



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